quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Carta

E foi assim por toda minha vida. Até aquele dia... Como pode ser tão forte algo que sempre julguei irreal, ilusão ou conversa fiada.
E por tanto prezar pela minha liberdade queria, por um instante, me sentir presa. Na verdade não presa e sim ligada de alguma forma.
Com uma história dessas vou seguindo a vida mas fico constantemente olhando para trás. E quando a última parada chegar direi adeus e seguirei em frente sem virar minha face mais uma vez pois, se os olhos se encontrassem novamente, eles me fariam ficar.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Vinho

Essa vontade
Praticamente inalcançável
Queimando, borbulhando
Transbordando magma

Beberei com Baco (na verdade o grego) e me intoxicarei
Até o entardecer

Sem métrica para dizer
Esta paixão só pode pertencer a bêbados

sábado, 21 de agosto de 2010

Der, die, das (artikel)

As minhas coisas foram espalhadas sobre a mesa
Tudo uma bagunça
Como meu representante sentimental
O fígado

E quando olho pra trás
Vem o desânimo e a melancolia
Agora te digo, são linhas desconexas
Caralho, é o que sinto!

domingo, 15 de agosto de 2010

Queira

Cala-te
Lábios de álcool, de cachaça fina
Embebeda-me, enlouquece-me
De amor... de morte
Me engana, mente, aceito
Me aceita!
Imploro, de joelhos
Não se vire, me olhe
Por favor, por favor ... queira

PS: Poesia antiga, escrevi o ano passado.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

A verdadeira inspiração para a libertinagem.

Esse vídeo (de baixa resolução e filmado de uma televisão) foi o começo de tudo. Você chama uma colega pra assistir um filme na sua casa (é a primeira vez que ela vem na sua casa) e se perguntam que filme assistir. Por que não O Libertino? Adoramos o Johnny Depp. A realidade é que não tínhamos nenhuma idéia do que se tratava, não sabíamos nem o que era libertinagem e acho que aprendemos da maneira mais sem noção possível. Esse filme envolve toda a inspiração libertina e nonsense dessas meninas não tão libertinas mas totalmente nonsense.

"Permitam-me ser franco neste começo: vocês não vão gostar de mim. Os cavalheiros terão inveja de mim; as senhoras nojo. Vocês não vão gostar de mim agora e passarão a gostar menos com o tempo.
Senhoras, um aviso: quero transar. O tempo todo. Não estou me gabando nem opinando, é apenas uma constatação médica: eu sou promíscuo. E vocês me verão sendo promíscuo e irão suspirar. Não façam isso. É melhor, para vocês, ver e tirar suas conclusões de longe do que eu enfiar meu pênis dentro de sua saia.
Cavalheiros, não se desesperem. Também sou promíscuo com vocês e vale a mesma advertência. Controlem suas ereções até eu acabar de falar. Mas, mais tarde, quando transarem, e mais tarde vocês vão transar, esperarei isso de vocês e saberei, se me decepcionarem eu quero que transem com minha imagem em miniatura rastejando em suas gônodas.
Sintam como era pra mim, como é pra mim e pensem: este tremor foi o mesmo tremor que ele sentiu? Ele conheceu algo mais profundo? Ou existe alguma parede de miséria na qual todos batemos a cabeça naquele momento luminoso e eterno?
É isso, esse foi meu prólogo. Nada rimado. Nada de falsa modéstia. Espero que não queiram isso. Chamo-me John Wilmot. O segundo Conde de Rochester. E não quero que vocês gostem de mim."
PS: Rimos tanto quando assistimos isso que tivemos que voltar várias vezes pra conseguir entender.

Carmem


Mergulho em teus olhos
Afogo-me em teus beijos
Derreto-me em teus braços
Aprovo teu suor...
Mas não quero teu amor!
Eu quero o toque, o desejo
O libido,
O doce sabor do pecado
Eu quero você!
Seja a qualquer preço,
Seja como e quando for.
Só não pergunte-me porquê
Como se eu fosse uma devassa
Uma vadia, voraz e sedenta
Irresponsável, insaciável
E não uma mulher decepcionada
Traída e desprezada
Que buscava por amor
Mas só encontrava a dor,
A frustração, a ilusão
De um sentimento tão cruel.
Chega de buscar pelo inatingível,
Chega de ansiar pelo idealizado,
Eu quero os prazeres da carne
Que é pra não sentir o vazio
Do meu pobre coração!

Considerações













Estava pensando se um dia
Eu viveria de verdade
Se seria menos dura
Essa minha realidade
Se existiria cura
Para a minha enfermidade
Se a dor que eu sentia
Não seria só saudade
Respostas não obtive
Nem esperava obter
Pois a certeza só existe
Pra quem para de viver!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

O fútil e o agradável

Meu sonho está aqui dentro
Reprimido e mutilado
Porque o que importa é o fútil
O sem emoção
A vida maçante e cotidiana.

Busco soluções
Mas essa merda de sociedade sufoca
Quero gritar, mas o grito é abafado
Quero viver, mas sou constantemente impedida.

E permaneço assim... marionete
Comendo, bebendo, engolindo, respirando, cuspindo, vivendo, morrendo e pensando em dinheiro.

Amor Platônico

Sei que o que sinto
É absolutamente ridículo.
Apaixonei-me por análises
De um personagem
Até então desconhecido,
Sem face, sem nome. Irreal!
Sim, sei o porque desse sentir
E a culpa é dessa minha mania
De sonhar com o impossível,
De querer o inatingível,
De acreditar no inalcançável!
Perdoe-me por envolvê-lo
Nessa história descabida,
Dessa minha mente doentia.


terça-feira, 10 de agosto de 2010

Músicas Libertinas

Como o nome do próprio blog inclui o tema, tomei a liberdade de fazer uma lista de músicas que contém letras com pouca, média ou alta libertinagem. 
#1 Rita Lee - Amor e Sexo

Encontramos aqui nessa música um trecho que explica todas as relações interpessoais existentes (menos as mais complexas):
"Amor sem sexo
É amizade
Sexo sem amor
É vontade..."




#2 Cartola - O mundo é um moinho



O tema da música gira em torno da prostituição e do desespero que leva seus sonhos a serem esfarelados pela vida nas ruas.
"...Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és..."
"...Preste atenção, querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavaste com os teus pés"

#3 Marvin Gaye - Sexual Healing

Eu simplesmente sempre adorei essa música, desde criança, mas se existe algo que eu nunca imaginei, esse algo era o conteúdo sexual potencialmente sacana que a letra continha. Nela o Marvin Gaye pede sua suposta "cura sexual". Esse é um bom exemplo de música que você gosta e não entende a letra e que no final fica chocado com o significado (no meu caso eu achei bem engraçado mesmo).




"...sexual healing
and makes me feel so fine, it's (such a rush)
and helps to relieve the mind, Lord, it's good for us
sexual healing is good for me..."

domingo, 8 de agosto de 2010

Voltar


                    Eu fui, eu voltei
          Eu fui, eu voltei
Eu fui, eu voltei
Eu voltei 
Eu chorei
E cá estava
Tudo que queria ficou
Esfarelou
E eu voltei ...

Renúncias

Eu vejo densa a escuridão
Prevejo os destroços, os estilhaços
Pressinto a dor, a solidão
E a humilhação dos meus fracassos!

Eu sinto muito pela repercussão
Daquela cena, daqueles traços
Insanos, da minha mente sem razão
Do meu desejo por teus abraços.

Eu me envergonho e renuncio a essa paixão
Doentia. Cheia de descompassos
Como a sinfonia disforme de um coração.
Como os grilhões da culpa que dificultam os meus passos.