sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Difícil trajetória

Febo irradia, ilumina a terra, os pastos, as cidades e a lua
Ártemis caçadora, guerreira do luar, dama da noite
Sol e Lua, uma estrela e um satélite
Sós, únicos e cegos

Sovinas parcas, manejando os fios e os vindouros
Terminus insistindo em demarcar limites, fronteiras...

Jano abrirá as porteiras do céu quando o primeiro mês, nomeado em sua honra, concretizar o antigo ano
E nós, Sol e Lua, devemos permanecer vazios até lá
Como vagas que esperam o estacionar do sege

Jano abriu os portões, Cloto, Láquesis e Átropos subitamente começaram o tecer do destino, atrapalhando nossas convicções e confundindo nossos pensamentos
Eros já terminou seu trabalho, fomos presos

E aqueles que permaneceram separados desde sua criação, deverão agora manifestar a mais bela criação da natureza. Seu palco é o céu: o eclipse.
E assim permanerão juntos por pouco tempo, talvez minutos, talvez horas mas nunca dias e Terminus, o perverso, voltará a construir estradas, muralhas e veredas entre nós.

Não se preocupe, Febo, o tempo e a espera cruzarão nossos cursos
Mas só a coragem nos unirá novamente

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