segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Estresse além da compreensão

Atenção: post desabafo, pare aqui antes que sua integridade mental e psíquica seja afetada, se continuar o problema é inteiramente seu. Bem vindo ao mundo meu fatalista/pessimista/depressivo.

Administrar meu tempo sempre foi uma tarefa árdua, creio que essa nunca foi uma grande habilidade minha. Serei sincera ao dizer que procrastinar é uma das palavras que, entre tantas outras como tímida, séria, anti-social e pessimista caem em mim como uma luva.
Estar escrevendo ao som de uma cantora gospel (pra quem não sabe, there is a fuckin' church next to my house) também não está ajudando no que muitos chamam de processo criativo. O fato é que minha atenção que antes era concentrada em futilidades-amenidades-inutilidades como novas edições de mangás shoujo, livros marxistas, gastar minha grana com doces e pirataria, ficar horas filosofando sobre como o Johnny Depp é maravilhoso, estudar, debater política, ter overdoses auditivas ouvindo música a tarde inteira, curtir o ócio, comer e dormir já era, se esfarelou e foi pro ralo.
Passei de gorda para "anoréxicaem menos de três meses (é o que me dizem), os mangás já não são mais um vício, faz tempo que não compro novos DVD's, estou me fodendo legal no colégio, durmo menos de 5 horas por dia mas, se pudesse, dormiria o dia todo para escapar dos meus pensamentos que, infelizmente ou felizmente, só revertem para um mesmo assunto e, em especial, para uma pessoa.
Eu poderia comprar uma garrafa de Rum e me embebedar mas, até parece que eu, com esse jeito boa moça (não consigo mudar, infelizmente), beberia alguma coisa até cair na sarjeta. Penso que sou somente mais uma adolescente revoltada com as situações incômodas que a vida subitamente resolveu colocar como obstáculo.
Cortei o cabelo bem curto porque é isso que faço quando estou extremamente irritada e nervosa. Minha família gostou e eu achei uma merda, interessante contradição já que, só eu gosto de cabelo curto na família e é justamente eu que odiei e que agora quer pegar uma moto e ir de encontro a um muro de concreto a trezentos quilômetros por hora por ter conseguido piorar mais ainda minha "linda" aparência.
Como se não bastasse, ouvir músicas românticas/depressivas sobre paixões impossíveis e ler Caio Fernando de Abreu fazem com que eu me torne mais insana, se é que isso é possível. Já estou a um fio de atingir meus limites de estresse e não sei como será quando eu explodir mas, está na cara que vou me debulhar em prantos por mais ou menos cinco horas seguidas já que não é do meu feitio cometer a tão sonhada selvageria além da compreensão.
É foda e ninguém, absolutamente ninguém se importa.


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