terça-feira, 14 de setembro de 2010

Paráfrase de sentimentos oceânicos

Logo digo, não te amo, com a certeza de que a maré  apagará nossos nomes na areia da praia e, por motivos inescrupulosos da vida, meu navio se encontra distante do seu porto. Nem Poseidon, capitão e chefe dos mares, mudaria o curso, a corrente das águas, para que pudesse te encontrar.
Não foi e não será, nem hoje e nem amanhã. A sina da solidão acompanha os corações fechados e escurece mais ainda o campo de visão dos cegos que eram, são e serão meros reflexos da tristeza, trauma e desconfiança. Se existe esperança? Esperanças são, para nós, inválidas ilusões.
O fato é que tudo no mundo há começo, meio e fim. Nessa conjuntura, me pergunto onde foi parar o desenvolvimento dessa história. Se houve um começo, se houve um fim, não sei, as únicas certezas do mundo é a eterna ignorância humana e o balançar do manto negro do ceifador, da senhora morte.
Desenho seu rosto nos meus pensamentos todos os dias, não quero isso, quero esquecer. Creio que já não o vislumbro com a mesma nitidez de antes mas, teus olhos e teu sorriso permanecem intactos na minha memória. Está latente em meus pensamentos, no mundo das idéias e, contra isso, minha fraqueza transparece, é o inapagável sentimento de apego, perda e vazio e esse último,  meu caro leitor, machuca, corta e só aumenta o buraco exposto da ferida.
Parece estupidez mas, depois de tudo, me impeço de te amar pois, sei que o amor é ilusão ardente, é querer viver como um, viver o outro. Sou um espírito livre, quero navegar oceano afora, sentir a brisa salgada do mar  e lutar pelas curvas d’água da vida. Então digo-lhe: não te amo, apenas te quero e, não é um querer egoísta, é altruísta, te quero bem e espero que em meus sonhos sejamos capazes de envelhecer juntos, nas curvas da imensidão oceânica, violando o vácuo. Cá estou, a rogar por isso.
PS: sem paciência pra corrigir erros, vai ficar assim e pronto.

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